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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Tempos Modernos

Análise do filme Tempos Modernos de Charles Chaplin
1 – Início do Filme (ovelhas e operários)

            No início do filme é observado um rebanho de ovelhas que logo é substituído pela imagem de operários de uma fábrica rumo ao seu trabalho. Um paralelo lógico que relaciona o ser animal (irracional) com o homem. Como se o ser humano fosse um rebanho, uma massa conduzida e sem direito de reclamar. Nota-se uma pressa em mostrar a responsabilidade do trabalho em massa do proletariado, ao qual objetiva um processo desumano imposto pela maquinofatura ou maquina.

2 – O regime de trabalho na fabrica;

            A vida dos operários era interligada com o relógio. Na fabrica o tempo marca a vida do trabalhador, onde passa quase o dia todo trabalhando, sem direito a descanso, lazer e nem ao menos se alimentar direito. A exploração é elevada a exaustão, a ponto de o operário perder seus sentidos. O personagem de Charles Chaplin é um trabalhador de uma fabrica e seu serviço destina-se em apertar parafusos em uma produção em serie numa velocidade impressionante, sem que o ritmo se altere, pois a produção estaria comprometida. Além de trabalharem quase 16 horas por dia, os operários tinha que dar conta do serviço, pois eram monitorados, através de circuito interno de televisão, pelo dono da fabrica.

3 – A crise econômica: o desemprego

Pode-se comparar com o crack da bolsa de valores de Nova Iorque em 1929. Em épocas distintas, mas com uma proporção de desempregos sem precedentes. Vale ressaltar que o caos era óbvio, a população sofria com a falta de emprego. As maquinas realizavam o trabalho de 10 e talvez 20 empregados. No filme mostra a concentração de desempregados e a luta de se conseguir um emprego, uma concorrência desumana que acarretava um sofrimento do proletariado.

4 – Situação de desempregados e órfãos

            O transtorno psicológico causado no pai de família em não conseguir o pão de cada dia para suas filhas, órfãs de mãe e consequentemente do próprio pai, era evidenciado no decorrer do filme. Os órfãos tinham que roubar para se alimentar e a necessidade de fugirem da internação do orfanato era característica da companheira de Carlitos (personagem de Charles Chaplin). As revoltas também marcaram tempos modernos e sempre Carlitos, desempregado e no lugar errado, era recolhido a prisão.
            Sem dinheiro e sem esperança muitos desempregados sofriam com a falta de melhores condições de vida. Portanto a miséria era aparente e levava todos os desempregados à ela.

5 – Repressão policial

            O desemprego e a luta do proletariado contra seus empresários capitalista originam os movimentos que eram reprimidos pela polícia, pois as revoltas eram contra os interesses da revolução Industrial, ou seja suas reivindicações iam de contrário aos interesses da iniciativa privada e do governo.
            A repressão eram duras e severas com os desempregados, até mesmo o desastrado Carlitos que só estava na rua, foi considerado o líder do movimento e logo, preso. Mostrando o descaso com todas as pessoas, proletariado ou não.

6 – A procura por trabalho e moradias

            A união, por acaso, de um desempregado com uma órfã, ocasionam a procura de um lar e um trabalho. Percebe-se que eles até conseguem os empregos em um restaurante e até mesmo um lar caindo aos pedaços, realidade vivenciada pelos personagens Carlitos e órfã. Carlitos volta a trabalhar na fábrica como ajudante de mecânico, mas não obtêm êxito por muito tempo, voltando a estaca zero. A dificuldade de conseguir trabalho é mostrada desde o início do filme até o seu final. O desejo de conseguir um trabalho digno e uma casa com condições de moradia é um paradoxo com sua realidade.

7 – A expectativa de vida melhor

            Ao vermos as duas personagens sentadas e olhando um casal com todas as condições propícias de vida. A imaginação de Carlitos (Charles Chaplin) e sua companheira começa a fluir. A expectativa de uma vida melhor exemplificada no fator real daquele casal ao qual Carlitos e a órfã viram, tornou-se cada vez mais freqüente em suas mentes: conseguimos contemplar o modelo ideal de vida, Carlitos empregado casado com a órfã, morando numa casa em que tudo aparecia na porta, o leite da vaca etc. Enfim ao final os dois vagabundos de mãos dadas caminham na expectativa de uma melhor vida, mas sem destino certo.
            Portanto mesmo com as dificuldades encontradas, os trabalhadores tinham um sonho de uma vida melhor, mais digna e igualitária.

Fonte: Tempos Modernos( O filme)

sábado, 16 de abril de 2011

 Avatar na perspectiva da geopolítica



                A busca de espaço, e principalmente espaço produtivo, por grandes nações é histórico, vale ressaltar países europeus na corrida colonial: Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Alemanha. O ultimo utilizou, em termos ideológicos, a teoria de ratzel: O espaço vital para o acumulo de poder.
O capitalismo, após a revolução industrial, ajudou o estado a promover a hierarquia entre gigantes e pequenos. A ambição dos países desenvolvidos não tem limites. A comparação do filme avatar com “euforia” norte americana em conseguir “espaço financeiro” se evidencia no transcorrer das cenas. A invasão do planeta dos nativos em busca de um metal valiosíssimo se assemelha nas invasões do Iraque, e agora da Líbia. É preciso lembrar que os países acima citado são grandes produtores de petróleo, mineral símbolo do capitalismo.
                A destruição da cultura dos nativos, assim como parte de seu planeta, é de emotivar as pessoas que assistem ao filme Avatar. O jogo de interesse e a ideologia, dos seres humanos, são colocados em prática quando uma pessoa é selecionada para aprender os costumes dos seres do planeta Pandora e para isso utiliza um “Navi” (nome do ser de pandora) projetado na Terra para ser utilizado por um ser humano, num processo de troca de mente. Porém a pessoa que fazia parte desse experimento vira a injustiça e ambição do ser humano com os nativos, e entraram numa grande guerra, uma guerra tipo a que os Estados Unidos entraram contra o Vietnam e o fim foi o mesmo, tanto os EUA quanto os “Senhores dos Céus”, os humanos chamados pelos Navis no filme, não conseguiram vantagens, mesmo com tanta tecnologia, pois não eram filhos “daquela terra”, daquele ambiente em que os seres de origem souberam aproveitar e conseguir vantagens necessárias para expulsar os seus opressores.
                A disputa territorial, do espaço, o jogo de interesse e a ideologia evidenciada tanto na ficção quanto na vida real são de preocupar. Depois que as potências conquistarem “o petróleo” e/ou Oriente Médio, quem garante que a próxima vítima não seja América Latina? Países como Brasil e Venezuela devem abrir os olhos.


fonte: Filme Avatar e blog Observatório do Agreste.

quarta-feira, 9 de março de 2011

PHARMAKON

PHARMAKON

Saudações @ todos!!!. Esperamos que a leitura agrade sendo uma boa fonte de informação e útil de alguma forma. O filósofo grego Platão, se referiu a linguagem como pharmakon. Termo que originou a palavra pharmáco, daí a nossa palavra pharmácia, que possui três sentidos principais. São eles: remédio, veneno e cosmético. Platão considerava que a linguagem poderia ser um remédio para fortalecer o conhecimento. Porque é pelo dialogo que trocamos idéias, ouvimos opiniões, descobrimos e aprendemos coisas novas, com os outros remediando a ignorância. Também considerava que poderia ser um veneno que seduz e nos faz aceitar fascinados, o que lemos ou escutamos, sem mesmo indagar se tais palavras são verdadeiras ou falsas. A linguagem venenosa coloca quem a ouve a disposição de quem a expressa, a classe dos eleitores que o diga... Podemos nos defender deste veneno quando indagamos, pedimos prova e questionamos o que ouvimos. Neste caso, aquele que utiliza a palavra para seduzir, inicia então um novo discurso, utilizando a palavra como um cosmético (maquiagem), tentando manter uma ilusão mascarada da verdade de uma forma paliativa. No nosso dia a dia, podemos perceber que as palavras ditas pelos outros nos atinge, seja de forma agradável ou não. O efeito que ela produzirá em nós, dependerá da nossa capacidade de entender/compreender mantendo ou não aquela sintonia. Percebendo que a palavra tem o poder tanto de construir quanto de destruir, de revelar quanto esconder. Seja para bem ou para mal, usa-la da forma correta, cabe a cada um optar. O Zine PHARMAKON não visa à difusão de idéias e propostas absolutas e dogmáticas e sua edição não se baseia no centralismo, por isso contamos com opiniões, criticas, assim como o apoio com notas e informes para futuras publicações. Não queremos de forma alguma impor condições a ninguém, por isso esperamos uma troca de idéias. Acreditamos que com o tempo quebraremos as barreiras que impedem muitos homens de pensar e agir livremente, enquanto esse dia não chega, contamos com apoio e solidariedade de todos. Aqui encerramos este editorial desejando-lhes, boa leitura e que tirem suas próprias conclusões dos conceitos desta publicação.Abraços e até a próxima!!!